A foto mostra um homem num “pau de arara”, uma das torturas exaustivamente usadas pela ditadura brasileira, conduzido por dois índios, em Belo Horizonte, por ocasião do desfile militar de 7 de setembro de 1970.
Corriam os primeiros anos do General Médice.
A presença indígena numa festa da civilização, dos homens brancos, marcava a formação da primeira Turma da “Guarda Rural Indígena”.
Começam a ser transformados em soldados, destinados a reprimir tribos que insistissem oferecer resistência à invasão de seus territórios, principalmente à construção de rodovias.
A foto é uma crônica cruel de um governo autoritário, de uma ditadura.
Há mais: extremamente didática, principalmente hoje, onde depois das lambanças do lulopetismo, surge muita gente, até pessoas de bem, aspirando à presença dos militares novamente dirigindo o Brasil.
Ainda agora, um general, na tropa, Antônio Mourão, nome de triste memória, revela a existência de estudos, no Alto Comando do Exército, de nova intervenção militar no país.